Unindo virtude ao virtuosismo, Alvaro Henrique busca tocar as pessoas com seu violão. Cada experiência musical envolve um repertório que conta uma estória, tocados pelo instrumento da época, com o profundo estudo de cada composição. É o único brasileiro a tocar todas as obras para violão solo de Villa-Lobos na última década, e um dos violonistas que mais estrearam concertos para violão na história do instrumento (cinco até o momento, de compositores espanhóis e brasileiros). Também têm se dedicado a tocar música do passado em réplicas de instrumentos dos séculos XVI, XVIII e XIX, para um mergulho mais intenso em cada composição.
Já tocou em quinze países de três continentes diferentes, incluindo desde países com intensa atividade de concertos, como EUA, Inglaterra, Alemanha, Áustria e Suíça, a países menos ativos como Namíbia, Moçambique, Jamaica e Grécia. Entre essas apresentações encontram-se recitais solo (como na Irlanda), concertos com orquestra (como na Finlândia), e apresentações em festivais (como no Peru). Foi regido por Júlio Medaglia, Angelo Cavallaro, Rogério Santos, Ville Mankkinen, entre outros.
Além de tocar a música do passado empregando informações sobre a época, Alvaro Henrique é bastante ativo na promoção da música do presente. Estreou obras de compositores consagrados, como Cláudio Santoro, e promove a música de autores pouco conhecidos, como Oliver Thedieck. Entre as estréias realizadas, destaque para a primeira transmissão radiofônica de Valse-Choro, de Heitor Villa-Lobos, pela Rádio Câmara. Mais de uma dezena de obras foram escritas para o instrumentista e estreadas por ele, entre elas cinco concertos para violão, fazendo de Alvaro Henrique um dos violonistas que mais teve concertos dedicados a ele em toda a história. Entre os compositores que escreveram para ou tiveram obras estreadas por ele estão Jorge Antunes, Ernest Mahle, John Duarte, Mário Ferraro, Carlos Alberto da Silva, Sérgio Igor Chnee, Guerra Vicente, Celso Mojola, Jean Goldenbaum e Calimério Soares.
Alvaro Henrique foi o primeiro brasiliense a gravar um álbum de violão erudito. Participou de outros dois CDs, um lançado na Suíça (Brazilian Breeze, música brasileira para grupo de flautas) e outro lançado na Áustria (com obras de Jean Goldenbaum). Também participou da gravação do DVD da “Ópera de Rua: Auto do Pesadelo de Dom Bosco”, de Jorge Antunes. Seu último CD, Suíte Candanga (Centaur Records), mostra em música a história de Brasília. “Melodia”, DVD Independente, é um recital didático para mostrar aos leigos mais sobre o violão que toca melodias ao invés de apenas fazer acompanhamento.
É presidente-fundador da Associação Brasiliense de Violão (BRAVIO). A BRAVIO é a primeira associação da América do Sul parceira da Guitar Foundation of America (GFA), e desde 2005 já realizou mais de 100 eventos entre concertos, saraus, palestras, masterclasses, 6 festivais e 6 concursos de violão. Ela já recebeu músicos do Japão ao Canadá, entre eles Jorge Caballero, Judicaël Perroy, Gabriel Bianco e Johannes Möller.
Entre 2010 a 2012 trabalhou como professor substituto na Universidade Federal de Uberlândia, e nesse breve período teve 12 alunos de graduação premiados em concursos, tocando em locais importantes como Salzburg (Áustria), e/ou participando da gravação de CDs. Além de aulas no ambiente acadêmico, tem ministrado palestras e cursos de extensão sobre planejamento de carreira, expressividade musical, e técnicas de estudo para músicos.
Sua atuação na área acadêmica inclui a dissertação de mestrado “O Planejamento da Expressividade na Música Contemporânea”, realizada na Universidade de Brasília, com orientação de Antenor Correa, e artigos publicados no Brasil. Seus textos não-acadêmicos foram publicados em jornais e revistas especializadas, como a Violão Pró.
Alvaro Henrique é bacharel em violão pela Universidade de São Paulo (USP), possui diploma de Kunstliche Ausbildung pela Hochschule für Musik Nürnberg (Alemanha) e é mestre em música pela Universidade de Brasília. Entre seus principais professores estão Franz Halasz, Alvise Migotto, Bohumil Med e Zilmar Gustavo Costa. Sua educação informal inclui dezenas de masterclasses com músicos de destaque internacional como Odair e Sérgio Assad, Leo Brouwer, Judicaël Perroy, Michael Lewin, Jakob Lindberg, Pavel Stedl e Ricardo Gallen; experiência em outras práticas musicais (oboé, regência, composição); a convivência com músicos em diversos festivais, congressos e eventos; além da leitura constante sobre sua área de atuação e temas correlatos.
Também tem militado na área de política cultural e participação popular, por considerar que as decisões governamentais sobre arte, cultura, comunicação e demais setores afetam demais a vida das pessoas para serem feitas por quem não possui experiência profissional na área.
Desde 2014 é um Artista Royal Classics, e utiliza cordas dessa empresa.